Goiania / GO - sexta-feira, 19 de abril de 2024

Perguntas Abdome

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Cirurgia plástica abdominal - Abdominoplastia
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A leitura destas observações sobre a cirurgia plástica abdominal esclarecerá algumas dúvidas freqüentes sobre a sua cirurgia.

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Deixe que o seu cirurgião plástico lhe informe sobre a conveniência de associá-la a outra(s) cirurgia(s) e analise com ele as vantagens e desvantagens de tal associação. 

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O esquema ao lado mostra a retirada do excesso do retalho após a tração, a área de descolamento e a plicatura (aproximação e reforço) da musculatura abdominal.

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· P: Quantos quilos vou emagrecer com a cirurgia plástica abdominal?

· R: Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e um pouco da gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas sim as proporções que o abdome assumirá com o restante do tronco e os membros. Os abdomes que apresentarão os melhores resultados estéticos são aqueles que necessitam de menores ressecções (retiradas). Os resultados são também mais satisfatórios em pacientes que apresentam maior excesso de pele do que de gordura, ou seja, é mais bem tratada a “flacidez” do abdome do que a gordura. Nos casos em que o paciente está com o peso acima do recomendado para a estatura e idade, o resultado será compensatório e proporcional ao restante do corpo; vale lembrar que os excessos de gordura em regiões vizinhas do abdome ainda existirão. Poderá ser necessário um tratamento clínico, fisioterápico e nutricional para equilibrar as diversas partes entre si.

· P: A cirurgia do abdome deixa cicatriz muito visível?

· R: A cicatriz resultante de uma abdominoplastia localiza-se horizontalmente logo acima dos pelos pubianos, prolongando-se lateralmente e para cima, em maior ou menor extensão, dependendo da forma e/ou do volume do abdome corrigido. Essa cicatriz é planejada para ficar disfarçada sob as roupas de banho, mas nem sempre ficará completamente coberta, podendo apresentar um aspecto enrugado. A evolução da cicatriz segue os seguintes períodos:

a- Período imediato: vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.

b- Período mediato: vai do 30º dia até o 12º mês. Nesse período, haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de avermelhada para arroxeada e vai aos poucos clareando. Esse período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

c- Período tardio: vai do 12º ao 24º mês. Nesse período, a cicatriz torna-se mais clara e menos consistente, atingindo assim o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após esse período.

· P: Em quanto tempo atingirei o resultado definitivo?

· R: Na resposta anterior foram feitas algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Com relação à sua consistência, sensibilidade e volume, nos primeiros meses após a cirurgia, experimenta-se uma insensibilidade relativa, além de períodos de “inchaço” que regride espontaneamente. O aspecto porventura “esticado” ou “plano” gradativamente ganha naturalidade com exercícios orientados para modelagem. Nunca se deve considerar definitivo qualquer resultado antes de 12 a 18 meses de pós-operatório.

 · P: Será feito um novo umbigo?

· R: Não. O seu próprio umbigo será mantido após um recorte em toda a sua volta e, se necessário, será remodelado. Deve-se considerar que circundando o umbigo existirá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz inferior, descrita anteriormente. Várias técnicas existem para a reimplantação do umbigo, de modo que todas são passíveis de futuras revisões cirúrgicas, caso seja necessário. Isso acontece em decorrência da anomalia na evolução cicatricial de certas pacientes e poderá ser corrigida por meio de uma pequena cirurgia, que poderá ser feita com anestesia local, após alguns meses.

· P: A plástica abdominal corrige o excesso de gordura sobre a região do estômago?

· R: Nem sempre. Isso depende do seu tipo de tronco (conjunto formado pelo tórax e abdome). Se ele for do tipo curto, dificilmente será corrigido. Sendo do tipo longo, o resultado será mais favorável. Também é relevante, sob este aspecto, a espessura do panículo adiposo (espessura da gordura) que reveste essa área do corpo.

· P: Qual o tipo de maiô que poderei usar após a cirurgia?

· R: O tipo de maiô dependerá exclusivamente do seu próprio manequim. É claro que os decotes inferiores mais generosos (tangas) somente serão possíveis nos casos em que as ressecções forem menores. Lembre-se que seu  cirurgião apenas aprimora suas próprias formas, que poderão ser mais valorizadas com cuidados específicos de uma esteticista ou fisioterapeuta, desde que se associe esses tratamentos complementares nas primeiras semanas após a cirurgia.

· P: Poderei ter filhos futuramente? O resultado não ficará prejudicado?

· R: O seu médico ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser prejudicado, a não ser que na gestação seu peso seja controlado de perto pelo obstetra. Aconselhamos que tenha todos os filhos programados antes de submeter-se a uma abdominoplastia.

· P: O pós-operatório da plástica abdominal é muito doloroso?

· R: Às vezes sim. Dependerá basicamente do tipo de tratamento necessário para cada caso. Quando se faz a plicatura da aponeurose dos músculos retos abdominais (um tipo de técnica que aproxima os muscúlos do abdome para tratar a flacidez interna da musculatura), geralmente haverá um certo dolorimento na área operada.

· P: Há perigo nessa cirurgia?

· R: Raramente a abdominoplastia traz alguma complicação grave, visto que é feita uma preparação cuidadosa do paciente para o ato cirúrgico, que é realizado dentro de critérios técnicos e científicos bem estabelecidos.

· P: Que tipo de anestesia é utilizada nessa cirurgia?

· R: Anestesia geral ou peridural com sedação anestésica.

 · P: Quanto tempo dura o ato cirúrgico?

· R: Em média 3 a 4 horas. Esse período poderá ser prolongado se ncessário. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois essa permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

· P: Qual o período de internação?

· R: De 1 a 3 dias (evolução normal).

· P: São utilizados curativos?

· R: Sim. Curativos com pomada, gaze estéril e fita microporosa, prescritos pelo seu cirurgião.

· P: Quando são retirados os pontos?

· R: A retirada dos pontos poderá ser iniciada a partir do 7º dia, devendo ser feita de maneira seletiva nas semanas seguintes. Raramente a retirada total dos pontos ultrapassa 3 semanas.

· P: Quando poderei tomar banho completo?

· R: Geralmente no dia seguinte à cirurgia.

· P: Qual a evolução pós-operatória?

· R: Até que se atinja o resultado esperado, diversas fases são características desse tipo de cirurgia, como informamos anteriormente. Entretanto, poderá lhe ocorrer o desejo pelo resultado final antes do tempo previsto. Seja paciente, pois seu organismo se encarregará de minimizar pequenos transtornos intermediários. É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao se cirurgião, que dará todos os esclarecimentos necessários para sua tranqüilidade. Em algumas pacientes ocorre uma certa ansiedade nessa fase, decorrente do aspecto transitório (edema, insensibilidade, aspecto cicatricial, etc.). Isso é passageiro e geralmente reflete o desejo de atingir o resultado final o quanto antes. Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia do abdome deverá ser considerado como definitivo antes dos 12 ou 18 meses. Em algumas pacientes, especialmente nas obesas, poderá ocorrer após o 3º dia a eliminação de razoável quantidade de líquido amarelado por um ou mais pontos da cicatriz. Esse fenômeno nada mais é do que o transudamento cirúrgico e a liqüefação da gordura residual, próxima à área da cicatriz, que está sendo eliminada. Existem recursos para evitar que esse extravazamento ocorra em situações inoportunas. Os seromas (coleções líquidas que se formam na região do abdome) também são mais comuns quando se realiza grandes descolamentos ou quando se associa a abdominoplastia à lipoaspiração. Os drenos poderão ser utilizados para minimizar essas ocorrências, mas não garantem uma evolução livre de seromas. Quando ocorrem, são esvaziados por punção simples (técnica em que uma agulha é utilizada conectada a uma seringa para aspirar o líquido abaixo da pele), em uma ou mais etapas.